Medida é adotada pelo apoio do país à repressão violenta a protestos

Porto Velho, RO - O governo norte-americano impôs mais sanções às autoridades iranianas devido ao apoio à repressão violenta das forças policiais aos protestos no país.

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos (EUA) anunciou que tem como alvo o procurador-geral do Irã, Mohammad Jafar Montazeri, dois comandantes do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) e dois membros do Basij, um grupo paramilitar voluntário que frequentemente impõe regras rígidas sobre vestuário e conduta.

“Denunciamos a intensificação do uso de violência pelo regime iraniano contra o seu próprio povo que defende os direitos humanos”, disse o Tesouro em comunicado, observando que Montazeri presidiu processos contra manifestantes, alguns dos quais foram executados ou condenados à morte.

O departamento identificou os comandantes do IRGC como Hassanzadeh, chefe das forças em Teerã, e Seyed Sadegh Hosseini, que comanda o Corpo de Beit-al Moghadas da província do Curdistão.

Os dois membros do Basij são o vice-coordenador do grupo, Hossein Maroufi, e o líder do ciberespaço, Moslem Moein.

O Tesouro disse também que está aplicando sanções a Imen Sanat Zaman Fara Company, uma empresa que produz viaturas blindadas e outros equipamentos para as forças de segurança.

As sanções congelam quaisquer ativos que os alvos possam ter nos Estados Unidos e impedem-nos de fazer negócios com os norte-americanos.

“Os Estados Unidos continuam a apoiar o povo do Irã perante essa repressão brutal e reúne crescente consenso internacional para responsabilizar o regime”, disse o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

“Milhares de bravos iranianos arriscaram as suas vidas e a sua liberdade para protestar contra o longo histórico de opressão e violência do regime. Pedimos novamente à liderança do Irã que cesse imediatamente a repressão violenta e ouça o seu povo”, acrescentou.

Mais de 500 manifestantes morreram e mais de 18 mil foram presos, segundo a organização não governamental Human Rights Activists in Iran, desde que começaram os protestos no país após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, sob custódia da “polícia da moralidade”.

Fonte: Agência Brasil