Futuro ministro da Justiça citou 'polêmica nas últimas horas' e decidiu nomear novo nome para o órgão

Porto Velho, RO - O futuro ministro da Justiça do governo Lula (PT), Flávio Dino (PSB), decidiu cancelar a nomeação do policial rodoviário Edmar Camata para o comando da PRF (Polícia Rodoviária Federal).

Como mostrou a coluna da Mônica Bergamo, o servidor foi no passado um entusiasta da Lava Jato e da atuação de Sergio Moro, hoje senador eleito pela União Brasil-PR. Camata também usou as redes sociais para manifestar, na época, apoio à prisão do petista, ocorrida em 2018.

Dino divulgou a anulação a jornalistas nesta quarta (21), 24 horas após ter anunciado a nomeação, na terça (20).

"Tivemos uma polêmica nas últimas horas e o entendimento dele e da nossa equipe é que seria mais adequado proceder a essa substituição", disse.

Segundo o futuro ministro, a decisão foi baseada em uma avaliação "puramente política". "Preciso de uma equipe que, além de unida, tenha todas as condições de levar o seu trabalho adiante. Qualquer que seja o dirigente que esteja cercado de polêmicas, é muito difícil que em uma área sensível, o dirigente consiga se dedicar com a largueza e a profundidade necessária, esta foi a razão da substituição", afirmou.

Dino anunciou que Antonio Fernando Oliveira será o novo diretor da PRF. Ele foi superintendente da coorporação no Maranhão.

Camata comanda atualmente a Secretaria de Estado de Controle e Transparência do Espírito Santo.

Formado em direito pela UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), ingressou na PRF em 2006. É mestre em Políticas Anticorrupção pela Universidade de Salamanca, na Espanha, e tem especializações em gestão integrada em Segurança Pública e Ministério Público e Defesa da Ordem Jurídica, além de MBA em gestão pública.

Fonte: Folha de São Paulo