Os policiais apuraram que no dia dos fatos, a vítima apresentava lesões no tórax, e face, possivelmente causada por espancamento

Porto Velho, RO -
A delegada titular da ª Delegacia de Homicídios de Porto Velho, Leisaloma Carvalho, deu detalhes sobre a investigação que apura a morte de Rosilene Chaves de Oliveira, ocorrida na madrugada do dia 4 de agosto de 2021, em uma residência, localizada na avenida Calama, bairro Aponiã, na capital.

O escrivão aposentado da Polícia Federal Raimundo Teles de Aguiar Neto, ex-companheiro da vítima, foi denunciado pela ª Promotoria de Justiça da Capital, pelo crime de feminicídio. Segundo a delegada, o investigado simulou estar fazendo massagem de reanimação na vítima, quando foi visto por testemunhas em cima de Rosilene, na varanda da casa.

No dia do crime, ele foi levado para o Departamento de Flagrantes, mas o delegado decidiu por não homologar o agrante e ele foi liberado. O caso foi encaminhado para a ª Delegacia de Homicídios, para que fosse dada continuidade nas investigações.

“Os policiais apuraram que no dia dos fatos, a vítima apresentava lesões no tórax, e face, possivelmente causada por espancamento. O investigado negou que tivesse espancado Rosilene e disse que ela teria passado mal e que as lesões no corpo, foram provocadas durante a tentativa de reanimar a excompanheira”, disse a delegada Leisaloma Carvalho.

Durante as investigações os policiais descobriram que Raimundo Tales já tinha um histórico de violência contra a vítima. “Durante o relacionamento, Rosilene foi agredida várias vezes. Ela era tratada como objeto. Ele entendia que ela era como se fosse um objeto dele.

No dia dos fatos, cou esclarecido que houve o consumo de cocaína com a ingestão de álcool pelos dois”, esclareceu à delegada. A Polícia concluiu durante as investigações, que a vítima teria sofrido uma intoxicação exógina pelo consumo excessivo de cocaína, ou seja, teve uma overdose. “Ela teria agonizado até morrer e não recebeu socorro.

O investigado deixou a vítima morrer de forma dolosa. Constatou-se que ele não socorreu Rosilene para que ela morresse, sabendo que ela estava tendo uma overdose. Além de ser encontrada cocaína na corrente sanguínea da mulher, foi encontrado também no estomago de Rosilene”, detalhou Leisaloma Carvalho.

Ainda segundo a delegada, Raimundo Teles, ocultou o uso de drogas. “Mas durante as investigações, nós conseguimos elementos dentro do inquérito policial que armam categoricamente o consumo comum de drogas por parte do casal”, enfatizou Leisaloma Carvalho.

Exames fora do estado A delegada disse ainda, que a Politec Rondônia, não tinha os meios necessários para fazer os exames para que pudesse chegar na conclusão do inquérito. “Seria um crime perfeito, porque o investigado contou com a ineciência da Polícia em termos técnicos, de materiais que o estado não dispõe, mas as equipes se empenharam e encaminhamos para fora do estado às amostras coletadas da vítima para que fosse periciado e feito o exame de vísceras”, disse a delegada.

As investigações demoraram vários meses e a redação do jornal apurou que o material biológico de Rosilene Chaves chegou a ser encaminhado para um laboratório em Minas Gerais, por determinação judicial.

As investigações apuraram ainda, que Raimundo Teles teria manipulado o celular da vítima e mexeu na cena do crime. Leisaloma Carvalho armou ainda, que a morte de Rosilene não poderia car sem uma resposta. “Nós não podíamos deixar de maneira nenhuma a morte da vítima car sem uma resposta”, nalizou.

Fonte: Rondôniagora