Operação nesta terça-feira, 23, foi aberta por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes

Porto Velho, RO - A Polícia Federal (PF) cumpre nesta terça-feira, 23, mandados de busca e apreensão em endereços ligados a oito empresários bolsonaristas.

Os alvos são:

Afrânio Barreira Filho, do restaurante Coco Bambu;
Ivan Wrobel, da W3 Engenharia;
José Isaac Peres, do grupo Multiplan;
José Koury, dono do shopping Barra World;
Luciano Hang, da rede de lojas Havan;
Luiz André Tissot, da Sierra Móveis;
Marco Aurélio Raymundo, da Mormaii;
Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa.

A operação foi aberta por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal federal (STF). O Estadão apurou que a ordem foi expedida na última sexta-feira, 19, depois que o portal Metrópoles revelou mensagens golpistas em um grupo de WhatsApp dos empresários.

Os mandados estão sendo cumpridos em dez endereços residenciais e profissionais no Rio de Janeiro, Ceará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A coluna do jornalista Guilherme Amado, no Metrópoles, revelou na semana passada como empresários apoiadores de longa data do presidente Jair Bolsonaro (PL) conversaram abertamente sobre um golpe de Estado caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito.

Além das buscas, Moraes também determinou a quebra de sigilo bancário, o bloqueio de contas bancárias empresários e a suspensão de perfis nas redes sociais.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO DANIEL MAIA, QUE DEFENDE O EMPRESÁRIO AFRÂNIO BARREIRA FILHO

“Trata-se de uma operação fundada em denúncias absolutamente falsas, que visam perseguir pessoalmente o empresário Afrânio Barreira e outros no País. É importante destacar que a operação não é contra as empresas, é uma operação contra a pessoa física dele. O Afrânio está absolutamente tranquilo, colaborando e com o objetivo principal de esclarecer os fatos para que a investigação seja certamente arquivada”.

Ao Estadão, o advogado informou apenas dois celulares foram apreendidos.

COM A PALAVRA, OS DEMAIS EMPRESÁRIOS

A reportagem busca contato com os demais empresários. O espaço está aberto para manifestação (fausto.macedo@estadao.com; rayssa.motta@estadao.com).

Fonte: Estadão