Condenado por vários crimes de corrupção, sabia muito quando foi preso

Porto Velho, RO - Shhhhhhhhhhhhhhhhhh! Se a gente fosse escrever, seria mais ou menos esse o som do silêncio. Pois foi esta falta total de repercussão, de debates, de protestos, de indignação, que se registrou em praticamente todos os grandes jornais, sites e jornalísticos das TVs, sobre uma das maiores denúncias de crime e corrupção que se tem conhecimento, até hoje, na nossa história.

Entre os grandes veículos da mídia brasileira, a Revista Veja foi exceção. Partiu dela a publicação de uma reportagem que arrepia a espinha e mexe com os fios de cabelo de todos os brasileiros de bem.

O publicitário Marcos Valério, condenado a 37 anos de prisão, relata os meandros da corrupção praticada por petistas do alto comando e coloca suspeita, cheia de argumentos e informações, de que o assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel, foi realmente uma “queima de arquivo”.

Mais que isso, Marcos Valério denunciou também uma possível ligação do Partido dos Trabalhadores com o Primeiro Comando da Capital, o famigerado PCC, responsável por enorme quantidade de crimes, incluindo assassinatos sem fim.

Fosse num país sério, sem tendenciosidade de quem é responsável por manter a lei, a ordem e a verdadeira Justiça, o caso teria causado horror, ranger de dentes e reações imediatas, para se reabrir as investigações e mostrar à sociedade brasileira, que, aqui, não se aceita que o país fique sob o domínio do crime. Infelizmente, até agora nada aconteceu.

O que ainda pode piorar é que a revista Veja, que finalmente voltou a ser imparcial e deixou de lado a tendenciosidade que caracteriza a imprensa nos últimos três anos, ainda responda processo, porque, sabemos, por várias decisões do STF: a censura voltou com força em nosso Brasil.

Marcos Valério foi um homem forte dentro do PT. Condenado por vários crimes de corrupção, sabia muito quando foi preso. Durante várias semanas, em 2018, fez uma delação premiada, autorizada pelo então ministro do STF, Celso de Mello, è época em que aquela Corte ainda não tinha se tornado um braço político de oposição ao atual governo.

Dias atrás, todas as informações foram encaminhadas ao Ministério Público e outros setores de fiscalização, além, é claro, do Judiciário. Foi neste caminho que elas chegaram até a Veja. Nos depoimentos, o publicitário chegou a afirmar que ele era, pessoalmente, responsável por cerca de 100 milhões de reais, guardados num caixa clandestino do partido.

Disse ainda que o prefeito Celso Daniel foi morto porque tinha feito um dossiê, denunciando que milhões de reais de dinheiro ilegal, que iriam para o partido, estavam sendo direcionados para os bolsos de petistas do alto comando. O dossiê jamais foi encontrado.

Enfim, é tanta podridão exalada, que não se tem adjetivos à altura, para protestar contra essa aberração feita contra o dinheiro público e contra o povo brasileiro. O silêncio cúmplice continua. Nenhum petista, até agora, veio a público desmentir seu marqueteiro e negar as acusações. Shhhhhhhhhhh.

Fonte: Blog Opnião de Primeira - Sérgio Pires