Novo Ensino Médio com Mediação Tecnológica possibilita o acesso à educação em locais de difícil acesso como comunidades indígenas

Porto Velho, RO A Escola Indígena Estadual de Ensino Fundamental e Médio 5 de Julho, localizada na aldeia Ricardo Franco, a 370 km de Guajará-Mirim agora faz parte do projeto de Ensino Médio com Mediação Tecnológica. A implantação do sistema foi feita pelo Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Educação – Seduc, em parceria com a Coordenadoria Regional de Educação de Guajará-Mirim – CRE/GM, já que só é possível chegar ao local que fica às margens do rio Guaporé, via transporte fluvial. Serão atendidos 46 estudantes indígenas matriculados na escola.

Na última semana, uma equipe da CRE realizou a entrega de 46 notebooks para os alunos e um notebook para o professor, além de uma impressora que será utilizada durante as aulas. A Seduc já realizou a instalação de internet nas escolas indígenas da região e tem como objetivo nos próximos anos, atender em torno de 200 alunos.

O Novo Ensino Médio com Mediação Tecnológica, possibilita inclusão à educação em locais de difícil acesso como comunidades indígenas, quilombolas, ribeirinhos e sitiantes, a Seduc tem trabalho na melhoria e estruturação dessa modalidade de ensino.

Professor preparando a aula

O professor Adaílo Aricapú responsável pela turma e pelo processo de ensino-aprendizagem destacou que os alunos estavam ansiosos. “ Os alunos matriculados aguardavam ansiosos o ensino médio na aldeia, pois para ir a cidade o custo é muito grande, com aluguel, transporte, entre outros gastos. A expetativa é grande também para os alunos que ainda não conseguiram se matricular, mas a Seduc já está providenciando nova turma”.

O currículo do Ensino Médio com Mediação Tecnológica é organizado em quatro áreas do conhecimento, conforme define as Diretrizes Curriculares Nacionais e mais os Itinerários Formativos como define o currículo do Novo Ensino Médio. Um dos Itinerários é de Noções Básicas de Agroecologia e Zootecnia – NBAZ, onde os alunos podem estudar agroecologia, zootecnia; estudar sobre plantações e criações do nosso Estado, por conta do potencial agropecuário que temos, além de estudar extrativismo”, ressaltou a coordenadora Regional de Educação de Guajará-Mirim, professora Eunice de Oliveira Pires Santos.

“Me formei em 2009, para mim é muito importante tanto tempo esperando o ensino médio, retornar para a sala de aula e ser um exemplo para os demais alunos. A expectativa não é só nossa mais do próprio professor que está ali para nos auxiliar, para que possamos evoluir no aprendizado”, enalteceu o aluno indígena Andriel Aruak.