Justiça Eleitoral barrou candidatura do ex-juiz pelo estado de São Paulo após ação do PT

Porto Velho, RO - O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) anunciou nesta terça-feira (14) que ainda não decidiu se será candidato nas eleições deste ano e que sua esposa, a advogada Rosângela Moro, poderá representá-lo nas urnas em outubro. Ele pelo Paraná, e ela pelo estado de São Paulo.

Rosângela Moro é cotada para disputar uma vaga de deputada federal. Já Moro pode sair candidato tanto a deputado como a senador. O prazo para a definição dos partidos vence nas convenções entre o final de julho e o início de agosto.

Em pronunciamento em Curitiba nesta quarta, Moro disse estar feliz e radiante com o seu retorno ao Paraná, defendeu o legado da Operação Lava Jato, agradeceu a São Paulo e disse ter vínculos com o estado e com a população, apesar de discordar com a decisão do TRE-SP, apesar de dizer respeitá-la.

O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo barrou a candidatura do ex-juiz nas eleições deste ano, ao não encontrar vínculo dele recente com o estado. Como Moro não recorreu, o caso está encerrado. Rosângela, porém, não foi alvo de investigação e segue com o domicílio eleitoral vinculado a São Paulo.

"Sei que há muitas dúvidas sobre o que farei no Paraná, se vou ser candidato, mas no fundo meu objetivo primário é circular pelo Paraná e me conectar ao Paraná, mas a decisão [de candidatura] vai ser tomada com o partido e, acima de tudo, quem vai decidir é a população paranaense."

Moro ele se filiou à União Brasil em março deste ano, quando transferiu seu título de eleitor para São Paulo. Desde então, demonstrou a intenção de concorrer ao Senado, por São Paulo.

Moro foi ministro da Justiça durante o governo Bolsonaro e atuou como juiz em primeira instância na Operação Lava Jato.

O TRE-SP negou o registro do domicílio eleitoral após ação do PT —o Ministério Público Federal solicitou à Polícia Federal a instauração de um inquérito para apurar possível crime.

A alegação do PT é a de que Moro nunca residiu em São Paulo nem teve vínculo empregatício na capital paulista, o que lhe impediria de representar o Estado no Congresso. Pelo contrário, sempre morou em Curitiba, onde atuou na Operação Lava Jato.

Fonte: Folha de São Paulo