Usuários são orientados como proceder em situações reais
Na Rondônia Rural Show, o Departamento Estadual de Trânsito – Detran/RO tem alertado os visitantes para os cuidados, no sentido de evitar o acidente, e caso ocorra, o que fazer para não agravar a situação dos envolvidos.
O diretor-geral do Detran Rondônia, Paulo Higo Ferreira de Almeida e a gestora da Secretaria de Estado da Saúde – Sesau, Semayra Gomes que conhecem bem as consequências dos sinistros de trânsito, resolveram fazer a simulação juntos. Paulo Higo foi o condutor e Semayra Gomes, a passageira.
“A experiência é aterrorizante, a sensação é horrível, o simulador estava há 20km por hora e a gente já sente as consequências e os efeitos do capotamento com baixa velocidade. O que eu passei não quero passar em momento algum da minha vida”, afirmou o diretor do Detran.
Gestores afirmam que sensação é muito próxima da realidade
O coordenador de Sinistros e Estatísticas de Trânsito – Renaest do Detran, Iremar Torres Lima comenta que os dados de acidentes em vias sinalizadas, inclusive com semáforo, a maioria ocorrem por falha humana. Iremar Lima destaca que as maiores vítimas de sinistros de trânsito são os motociclistas, pois a frota é composta por mais de 50% desse tipo de veículo no Estado.
“Temos que nos preocupar, principalmente com os condutores de veículos que conduzem sob efeito de bebida alcoólica”, disse Iremar Torres.
CONSCIENTIZAÇÃO
O agente de trânsito do Detran Rondônia, Isac Barbosa explica que na simulação de capotamento, o condutor e o passageiro são orientados como proceder em situações semelhantes. “Orientamos o que fazer e o que não fazer em uma situação real de acidente com capotamento; se a decisão for errada, a pessoa pode sofrer lesões permanentes ou até perder a vida”, explica.
Em uma situação de capotamento, o momento do desembarque faz toda a diferença, comenta o agente de trânsito. “Dependendo da posição do veículo, se a pessoa for saí pela parte de baixo, a parte que está no solo; o carro pode virar em cima da pessoa, podendo agravar a situação, chegando a fraturar a coluna”, pontua.
Isac Barbosa chama a atenção para os equipamentos de proteção, o cinto de segurança não pode ter mais do que dois centímetros de folga, se tiver, pode estar desgastado. O veículos devem ser levados a um centro especializado para se fazer a devida troca ou a manutenção do equipamento.
O cinto de segurança com sensor, o proprietário deve ler o manual de instrução, que vai informar o prazo da troca ou revisão periódica. Cada veículo difere do outro, porque cada fabricante adota um procedimento. “Alguns modelos, o airbag só aciona se o condutor estiver usando o cinto de segurança. Ele aciona há 350km por hora, então é 0,33 milésimo de segundo para inflar”, finaliza Isac Barbosa.
PLANO DE REDUÇÃO DE MORTES
Durante reunião no dia 19 de abril, no Auditório Jerônimo Santana, no Palácio Rio Madeira – PRM, quando o Detran Rondônia se reuniu com representantes de instituições ligadas ao trânsito para debater a implantação do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito – Pnatrans, que propõe reduzir em 50% os sinistros de trânsito até 2030, a assessora técnica da Sesau, Annelise Soares Campos Lins de Medeiros, falou da superlotação no Pronto-Socorro João Paulo II, com acidentados de trânsito.
Na ocasião, Annelise Soares divulgou números de acidentados que deram entrada na JPII de janeiro até o dia 18 de abril de 2022, em que relata que os motociclistas são as principais vítimas. Em janeiro, a unidade hospitalar recebeu 142 pacientes vítimas de acidentes de trânsito, sendo que 124 eram motociclistas; em fevereiro, foram 135, sendo 117 motociclistas; em março, dos 143 acidentados, 128 pilotos de motos e até o dia 18 de abril, a unidade tinha recebido 78 acidentados, sendo 60 motociclistas. Apesar da maioria dos sinistros envolverem motociclistas, os veículos também têm parcela significativa de acidentados no trânsito.
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