O curso tem o objetivo de promover a inclusão e a interação intercultural entre surdos e ouvintes
O titular da Seosp, Erasmo Meireles Sá, esteve na abertura do curso e falou da importância da capacitação. “O curso de Libras, certamente, vai nos abrir um leque de oportunidades. Possibilitará que tenhamos outras percepções. Às vezes, estamos tão focados no trabalho, em atingir metas que, ao longo do caminho nos desligamos de temas que estão ao nosso redor. Conhecer o outro, nos faz mais humano. Agradeço ao nosso servidor, Rafael Guimarães, por aceitar o convite em realizar a capacitação”, disse.
Grazy Dantas, que também é uma das ministrantes do curso realizou uma rápida introdução da história acerca da educação dos surdos no Brasil e fez questão de lembrar sobre a Lei que institui a Língua Brasileira de Sinais, como segundo idioma. “No último dia 24 de abril foi comemorado 20 anos da Lei 10.436/2002, como meio legal de comunicação dos surdos. Para a comunidade surda, a comemoração é como se fosse uma libertação, pois antigamente a Libras não era reconhecida e os surdos eram obrigados a oralizar, muitas vezes, com as mãos presas, amarradas. Os principais instrumentos para a comunicação em Libras são as mãos”, explicou. A Lei a qual ela se refere beneficia mais de 10 milhões de pessoas, dessas, cerca de 2,3 milhões com difidência severa.
A estagiária Adriane Oliveira que faz parte da equipe da Coordenadoria de Projetos e Orçamentos – CPO, disse que foi o primeiro contato com a língua. “Foi a primeira vez que tive a oportunidade de fazer um curso de capacitação. Achei muito interessante, assim, quebramos barreiras. Acredito que todo mundo deveria fazer ao menos um curso básico”, destacou.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, 5% da população brasileira é composta por pessoas que são surdas. Na Região Norte, são 181 mil deficientes auditivos, correspondendo a 1% da população nortista.
De acordo com os critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde – OMS, deficiência auditiva equivale à redução na capacidade de ouvir sons em um ou ambos os ouvidos. Assim, pessoas com perda auditiva, que varia de leve à severa, se enquadram no grupo com deficiência auditiva, normalmente quem se inclui nesse grupo se comunica pela linguagem oral e faz uso de aparelhos auditivos ou implantes cocleares – dispositivos eletrônicos parcialmente implantados, capazes de transformar sons em estímulos elétricos enviados diretamente ao nervo auditivo. A surdez, por sua vez, é definida como a ausência ou perda total da capacidade de ouvir em uma ou ambos os ouvidos.
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