Países estão correndo contra o relógio para encontrar fornecedores alternativos de gás. (Foto: Reuters)

Porto Velho, RO  - A Europa prevê um cenário de racionamento energético, informa o jornal El País em sua manchete deste domingo (17). O cenário acontece em meio às sanções impostas por diversos países do continente à Rússia, desde a invasão de forças militares russas na Ucrânia, em 24 de fevereiro.

De acordo com a reportagem, os países estão correndo contra o relógio em busca de fornecedores alternativos de gás para substituir o maior exportador.

Segundo dados de antes da guerra, a Europa importava cerca de 40% do seu gás natural da Rússia. A Alemanha, a maior economia do bloco, adquire cerca de metade de seu gás natural dos russos. Áustria, Hungria, Eslovênia e Eslováquia obtêm cerca de 60% de seu gás da Rússia, enquanto a Polônia obtém 80%.

Neste ano, a União Europeia já planeja reduzir o consumo de gás natural russo enquanto se prepara para uma ruptura completa na relação comercial de gás com o país, mas enfrenta um desafio logístico para encontrar fontes alternativas.

Em resposta a sanções econômicas, Putin exigiu que o pagamento do gás fosse feito com rublos, a moeda russa, por parte de “países hostis” a partir de 1º de abril. Apesar disso, não cortou imediatamente o fornecimento.

Na última semana, a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a UE vai impor mais sanções contra a Rússia além do último pacote, provavelmente incluindo medidas contra as importações de petróleo russo. “Agora temos que analisar o petróleo e as receitas que a Rússia obtém dos combustíveis fósseis”, afirmou von der Leyen.

Entre as medidas, foi acertada uma “força-tarefa” na qual os Estados Unidos trabalharão para fornecer à Europa pelo menos 15 bilhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito em 2022 em parceria com outras nações, informou a Casa Branca na última semana.

Fonte: Brasil247