Porto Velho, RO - Marcela Ferreira Castro. Esse seria o nome de uma das pessoas envolvidas no assassinato de duas pessoas na Fazenda Morro Alto, em Jaru, e que foram alvo de uma Operação Capina, realizada há dois meses pela Polícia Civil para prender os acusados e localizar os corpos das vítimas, Flares Rogério e Jonathan Ribeiro, que desapareceram no final do mês de junho do ano passado.
Além de Marcela, a operação prendeu outras cinco pessoas, que estariam envolvidas no crime. A suspeita é que as vítimas tenham sido mortas por causa de um conflito agrário na região, e cuja fazenda pertence a um ex-senador rondoniense. Anteriormente, a Polícia já havia realizado a Operação Erva Daninha, em Jaru, Campo Novo, Ariquemes e Ji-Paraná, para tentar localizar os corpos.
Segundo investigações da Polícia, o celular de uma das vítimas teria sido utilizado por Marcela e outros dois acusados, nos dias que se seguiram ao desaparecimento. Os cadáveres foram encontrados em um rio após informação de uma testemunha que chegou a apontar o nome de três suspeitos, identificados pela alcunha de Bolivan, Preto e Paulo.
Ontem, o desembargador, Jorge Leal da Luz, negou um pedido de soltura ajuizado pelos advogados de Marcela. Segundo o magistrado, o delito investigado é hediondo, havendo, a necessidade de resguardar a ordem pública e garantir a aplicação da lei penal.
“(...) delitos desta natureza geram uma maior comoção social, principalmente quando é de conhecimento público a onda de violência que assola o país”, disse o desembargador, ressaltando que há testemunhas para serem ouvidas e que o local em que o suposto crime ocorreu é de pouca vigilância, dominado por grileiros e funcionários da fazenda, “o que o torna propício para a prática de outros crimes com o objetivo de ocultar provas”.
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