
O presidente doi Cidadania, Comte Bittencourt. Foto: Octacílio Barbosa / Alerj
Porto Velho, RO - O Cidadania decidiu, no domingo 16, finalizar a aliança partidária formada com o PSDB. A decisão foi aprovada pelo diretório nacional do partido em votação que reuniu dirigentes da sigla em Brasília.
A executiva nacional da legenda, instância inferior ao diretório, já havia decidido pelo fim da federação com os tucanos em 19 de fevereiro. A separação deve começar a valer em maio de 2026, já que a legislação determina que partidos unidos via federação partidária devem permanecer juntos por, no mínimo, quatro anos.
O descumprimento da regra pode levar um partido a ser impedido de entrar em novas federações e formar coligações em eleições majoritárias, além do bloqueio de repasses do fundo partidário — verba pública usada para custear despesas de manutenção mensais dos partidos.
Segundo o presidente nacional do Cidadania, Comte Bittencourt, a sigla deve agora intensificar a negociação de alianças com outras legendas. O PSDB também tem buscado novos aliados em uma tentativa de sobreviver ao seu declínio.
A aliança que se encaminha para o fim, cabe relembrar, nunca foi unanimidade dentro dos dois partidos, que desde 2022 acumularam divergências ao terem que definir candidatos únicos para apoiarem nas eleições. No âmbito nacional, a divisão impediu que a federação não lançasse um candidato próprio ao Planalto, tendo optado por apoiar Simone Tebet (MDB). Essa foi a primeira vez que o PSDB não teve um candidato na disputa presidencial.
Juntos, Cidadania e tucanos conseguiram eleger 18 deputados federais e superaram a cláusula de desempenho. Ainda assim, esse foi o pior resultado eleitoral do PSDB, que já chegou a ter 99 deputados. A legenda também não conseguiu cadeiras no Senado e conquistou apenas três governos estaduais. A sigla também perdeu o comando do estado de São Paulo, que estava nas mãos do partido há quase três décadas.
Fonte: Carta Capital
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