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Descubra a ligação entre vampiros e alho, desde lendas antigas até conexões médicas surpreendentes. Tradição que transcende contos de horror
Porto Velho, RO - Não é fascinante como contos antigos ainda ressoam em nossa cultura moderna? Pegue, por exemplo, o lendário vampiro – aquela entidade sombria da noite que persegue sua presa, sedenta por sangue. Essas histórias não são apenas produtos dos escritores modernos de terror. Na verdade, o mito do vampiro pode rastrear suas origens até a Grécia Antiga, um testemunho de seu apelo duradouro.
Agora, junte essa entidade imortal com o alho, um ingrediente humilde valorizado por milênios. O alho, além de seu valor culinário celebrado, ocupa um lugar especial no folclore dos vampiros. Noções modernas sugerem que um vampiro detesta a mera presença do alho, uma ideia imortalizada pelo romancista do século XIX, Bram Stoker, em sua obra icônica “Drácula”. Mas você já se perguntou por quê?
Bem, mergulhe um pouco na história e descobrirá que o folclore da Europa Oriental é amplamente responsável por essa curiosa conexão. Mas essa é apenas a superfície dessa história intrigante. Há mais por trás, que se origina de condições médicas genuínas.
Primeiro, falemos de raiva. A simples menção pode parecer deslocada em uma discussão sobre vampiros, mas acompanhe-me. Pessoas que sofrem de raiva apresentam sintomas assustadoramente reminiscentes das histórias de vampiros.
Por exemplo, odores fortes, especialmente de substâncias pungentes como o alho, podem induzir reações em pacientes com raiva, como mostrar os dentes, grunhidos roucos e até espuma sanguínea na boca. Assustadoramente vampírico, certo? A raiva é contraída através da saliva de uma entidade infectada, comumente por meio de uma mordida. Antes da invenção da vacina em 1885, é fácil ver por que surgiram histórias dos mortos-vivos mordendo suas vítimas, reforçando a lenda do alho e do vampiro.
Passando para outra condição médica, a porfiria, vemos mais características que se sobrepõem ao mundo dos vampiros. Este raro distúrbio genético impacta a produção de hemoglobina, a proteína responsável pelo transporte de oxigênio em nosso sangue.
Entre os sintomas da porfiria estão uma pronunciada sensibilidade à luz solar (sim, como nossos lendários sugadores de sangue!) e a retração das gengivas que pode fazer com que os dentes pareçam mais longos e semelhantes a presas. E o papel do alho aqui? Contém compostos que podem exacerbar a anemia associada à porfiria.
No entanto, as condições médicas sozinhas não encapsulam a totalidade do alho contra os vampiros. Mergulhe nos registros da história e descobrirá que durante a Idade Média, muitos europeus acreditavam que uma doença sanguínea era a causa do vampirismo.
E adivinhe o que era considerado o panaceia? Acertou: alho. Suas propriedades medicinais eram consideradas potentes o suficiente para dissuadir, se não destruir, esses sugadores de sangue. Em lugares como a Transilvânia, há muito associada às lendas de vampiros e agora parte da Romênia desde 1947, o alho assumiu uma qualidade quase talismânica. Locais esfregavam-no em portas, janelas e até mesmo no gado para afastar espíritos malignos e vampiros.
Mas não vamos limitar o alho apenas às suas qualidades de repelente de vampiros. Este poderoso bulbo tem uma história consagrada na medicina popular. Graças à alicina, um composto rico em enxofre encontrado no alho, ele é repleto de antitoxinas. Além disso, o alho possui propriedades antibióticas e antifúngicas, tornando-o um remédio valorizado para várias doenças.
Então, da próxima vez que adicionar aquele dente extra de alho ao seu prato, lembre-se de que você não está apenas aprimorando o sabor. Você está participando de uma tradição enraizada no folclore antigo e, quem sabe, mantendo esses vampiros à distância. E quem sabe? Com todos os seus benefícios para a saúde, você pode até manter sua próxima consulta ao médico a um braço de distância.
Fonte: Mistérios do Mundo
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